Tecnologia pode poupar até 3,5 dias por mês aos trabalhadores portugueses
De acordo com um estudo
realizado pela Ricoh
Europa divulgado hoje, os trabalhadores portugueses acreditam que um
melhor acesso à tecnologia poderia fazê-los poupar 3,5 dias todos os meses. Ao
nível europeu quase metade das 3600 pessoas entrevistadas (47%) está
convencida de que a tecnologia que utiliza no seu trabalho está aquém das
expectativas de produtividade e eficiência e acredita inclusivamente que chega
a perder até 42,3 dias por ano por falta dos recursos certos.
O inquérito revela que os
entrevistados deseja ter uma maior componente digital no local de trabalho e
59% acredita que uma tecnologia mais inovadora teria um impacto positivo sobre
a sua carga laboral. De acordo com os dados do Banco Central Europeu, o
crescimento da produtividade anual diminuiu de 2% em 1995 para apenas 0.5%
em2016[1].
Dos 3600 colaboradores
entrevistados, 65% afirmou que a tecnologia de automação lhes permitirá ser
mais produtivos, enquanto 52% está de acordo que a Inteligência Artificial terá
um impacto positivo nas suas funções. Os colaboradores vêem a gestão do email
(41%) e as reuniões (37%) como as tarefas em que perdem mais tempo todos os
dias, seguidas das deslocações de e para o trabalho (29%). De um modo geral os
inquiridos vêem de forma positiva o potencial das novas tecnologias aplicadas
ao trabalho – acesso mais imediato aos dados (44%), capacidade de trabalhar
desde casa mais frequentemente (42%) e uma redução de tarefas repetidas (41%).
Ramon Martin, CEO da Ricoh
Portugal e Espanha, afirma que «o que os colaboradores nos têm vindo a
comentar, leva-nos a ter preocupações relativas à produtividade macroeconómica
que os governos de todo o mundo já enfrentam. Uma grande parte do horário
laboral é ocupado com tarefas e processos que se poderiam automatizar ou
otimizar. Se libertarmos esse tempo, a tecnologia permite aos trabalhadores
realizarem o seu trabalho de uma forma mais inteligente e focar-se em adquirir
valor real à sua empresa».
Aos trabalhadores preocupa-lhes
que a falta de investimento na tecnologia cause problemas às empresas do
futuro. 36% dos inquiridos acredita que se não se realizarem investimentos, as
empresas fracassarão num prazo de 5 anos. Para além disso, 46% afirma que a sua
concorrência já conta com uma vantagem tecnológica.
Ramon Martin comenta também que
“os colaboradores não estão a aumentar a sua produtividade devido a um acesso
deficiente à tecnologia, no qual estão a desperdiçar o seu tempo de trabalho. A
investigação que fizemos demonstra que os colaboradores de toda a Europa
desejam que as empresas onde trabalham os ajudem a ser mais produtivos.
Um acesso mais facilitado à tecnologia tem vantagens tanto para a organização
como para os colaboradores, poupando tempo e dinheiro, mediante a implementação
de uma forma de trabalho mais inteligente”.
O tempo que os colaboradores
acreditam que poderiam poupar no trabalho todos os meses, graças ao uso da
tecnologia para trabalhar de uma forma mais inteligente, varia por toda a
Europa. Em França, os colaboradores
acreditam que se poderia diminuir 1,8 dias por mês, comparativamente com 5,6
dias na Rússia (mais de uma semana laboral inteira). O número de días
corresponde a cada país individual como se pode verificar:
País
|
Dias
|
|
País
|
Dias
|
||
Rússia
|
5,6
|
|
Polónia
|
3,4
|
||
Eslováquia
|
4,2
|
|
Suiça
|
3,4
|
||
República Checa
|
3,8
|
|
RU e Irlanda
|
3,2
|
||
Alemanha
|
3,8
|
|
Turquia
|
3,2
|
||
Hungria
|
3,8
|
|
Espanha
|
3,1
|
||
Noruega
|
3,8
|
|
Áustria
|
2,9
|
||
Suécia
|
3,6
|
|
Finlândia
|
2,8
|
||
Itália
|
3,5
|
|
Dinamarca
|
2,1
|
||
Holanda
|
3,5
|
|
Bélgica e Luxemburgo
|
1,8
|
||
Portugal
|
3,5
|
|
França
|
1,8
|
||
Média europeia
|
3,5
|
O estudo revela ainda que os
inquiridos mostram-se desiludidos com a motivação das equipas de direção das
suas empresas. 72% acredita que a equipa de gestão só introduzirá uma nova
tecnologia se ajudar a diminuir gastos e não para apostar no aumento das capacidades.
Ramon Martin acrescenta ainda
que «as pessoas responsáveis por tomar decisões empresariais deviam aportar uma
visão holística a longo prazo em relação aos custos de processos básicos.
Diminuir os investimentos pode libertar capital a curto prazo, mas as vantagens
do aumento da produtividade prometem grandes lucros nos próximos anos».
Mais informação em: http://thoughtleadership.ricoh-europe.com/pt/empowering-digital-workplaces/
Notas:
– Número de dias poupados
ao mês = número total de minutos poupados por ano («número médio de
minutos que os inquiridos indicaram que poderiam poupar» multiplicado pelo
«número de dias laborais por ano de cada país»/12/60/7,5
– Número de dias laborais ao ano = «252 (número total de dias laborais em 2017) – atribuição mínima de férias em cada país»
– Número de dias laborais ao ano = «252 (número total de dias laborais em 2017) – atribuição mínima de férias em cada país»
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