Google gera €9 mil milhões em valor para os utilizadores dos seus serviços gratuitos

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A utilização dos produtos e das soluções de publicidade da Google gera anualmente em Portugal €2,5 mil milhões de receitas incrementais no tecido empresarial português, mais especificamente, potenciando as vendas digitais ou as vendas viabilizadas digitalmente. Esta é uma das principais conclusões de dois estudos realizados pela BCG, com o apoio da Google: O Impacto do Digital na Economia Portugal e o Impacto Económico da Google em Portugal.  


No estudo de Impacto da Google em Portugal foi analisado não apenas o impacto económico nas receitas incrementais das empresas mas também o seu equivalente no número de empregos e ainda quantificado o quanto valorizam os portugueses os produtos da Google que usam gratuitamente (excedente do consumidor).

Em Portugal, a utilização dos produtos e das soluções de publicidade da Google gera, anualmente, de acordo com o estudo da BCG, €2,5 mil milhões de receitas incrementais no tecido empresarial português potenciando as vendas via canais online ou as vendas influenciadas digitalmente.  Assumindo uma produtividade média de €21,6 por hora, o estudo estima que as receitas geradas pelos produtos e serviços da Google em Portugal sejam equivalentes a cerca de 70.000 empregos.
Este valor advém não só da produtividade gerada nas empresas via publicidade (para anunciantes e anfitriões de conteúdo), mas também da ocupação de cerca de 10.000 programadores portugueses, cerca de 15% do total, que se dedicam maioritariamente ao desenvolvimento de aplicações no sistema operativo da Google, o Android. Ou seja, a Google também neste capítulo, dá um forte contributo na criação de emprego.
O estudo analisa que a Google consegue este impacto pelo seu papel como motor de crescimento económico, ligando empresas e consumidores e estabelecendo ainda a ponte entre o mundo on-line e offline. Esse encontro valoriza a experiência de compra, por permitir uma melhor adequação dos produtos e serviços às necessidades e desejos dos consumidores.
"A Google está em Portugal há mais de dez anos, e continuamos comprometidos em fomentar a economia digital do país. Este estudo conduzido pela BCG reflete o impacto dos nossos esforços não apenas ao nivel dos produtos que disponibilizamos aos utilizadores, mas também como temos contribuído para a digitalização do mercado portugues e para potenciar os negocios on-line", destaca Bernardo Correia, country manager da Google Portugal.
Apesar de gratuitidade dos produtos da Google - excluindo os de publicidade - o estudo procurou também conhecer o quanto valorizam os portugueses os produtos da Google e quanto estariam dispostos a pagar para não abdicar deles. No final, o estudo verificou que este valor anual ascende em média a €1.400 por utilizador de internet adulto, com diferentes valorizações consoante o produto em questão mas um terço dos utilizadores afirmou que não abdicaria da função de pesquisa, independentemente do valor da contrapartida oferecida.
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Além de ser um motor de crescimento económico, promovendo a inovação e o desenvolvimento económico das empresas, o relatório aponta ainda outros impactos transformadores da Google em outras vertentes:
  • Um actor democratizador do acesso à informação e à criação de conteúdos.
  • Um palco de expressão individual e uma fórum de colaboração entre indivíduos - como por exemplo no YouTube. Os maiores 250 canais de YouTube portugueses geraram mais de 16 mil milhões de visualizações desde que foram criados. O estudo estima que os criadores de vídeo em Portugal recebam cerca de 12 milhões de Euros por ano através da publicidade associada aos seus vídeos.
  • Contribuinte para o desenvolvimento das competências digitais, necessárias ao papel de Portugal num contexto económico cada vez mais digitalizado – por exemplo, desde o lançamento do Atelier Digital em 2017, a Google já formou mais 49.000 portugueses em competências digitais.
Estudo sobre Impacto do Digital na Economia Portuguesa
Neste segundo estudo, analisou-se que a economia Digital "pura" impactou a economia portuguesa, em 2017, em 9 mil milhões de euros, representando 4,6% do PIB nacional, valor 20% superior ao registado quatro anos antes. O estudo expressa um forte crescimento do Digital nos últimos anos, posicionando-o à frente de setores como o da Construção ou o de Energia, Água e Saneamento no que respeita ao contributo para a economia de Portugal, tendo estes contribuído para 3,5% e 3,3% do PIB, respetivamente, em 2017.
O estudo aborda ainda as transformações que o Digital tem provocado nos mais importantes setores económicos, como o Turismo, Retalho, Banca, Seguros, Telecomunicações. Administração Pública, Educação, Saúde e Transportes e Mobilidade. Ainda que a ritmos e escalas distintas, todos eles têm vindo a adaptar-se a uma nova revolução tecnológica.
Se se considerar não só o impacto direto do Digital, mas também o valor gerado em jornadas de compra que começam online e são terminadas nos canais convencionais, o impacto já ascende a mais de €25 mil milhões, considerando apenas os setores do retalho e turismo.
Ainda assim, o impacto direto do Digital está mais de 3p.p. atrás do verificado para alguns pares Europeus, o que demonstra algum atraso na sua potenciação em Portugal. Isto apesar de esta revolução tecnológica se alicerçar em fatores nos quais Portugal pode ter uma palavra a dizer: talento humano com formação de qualidade, boa qualidade de vida e acesso a mercados com a escala necessária.
É com base nestas ideias que o estudo aponta para a oportunidade de Portugal se estabelecer como um importante Hub Digital para a Europa. Se tal acontecesse, Portugal poderia gerar, anualmente, um crescimento adicional de cerca de 1,5% do PIB, atingindo em 2025 um incremento económico em torno dos 20 mil milhões de euros.
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"Se Portugal continuar a apostar nalgumas dimensões críticas e a trabalhar a sua competitividade digital - apostando em ter mão-de-obra qualificada e uma sociedade com um bom nível de conhecimento, fomentar o investimento, interno e externo, criar boas infraestruturas digitais e apostar na cibersegurança - acreditamos que o país reunirá condições para se assumir como o Hub Digital para a Europa. Mas, para isso, é preciso que os diferentes atores da economia portuguesa trabalhem com esse fim, numa ação altamente concertada", afirma Pedro Pereira, Partner and Managing Director da BCG.
Pode aceder aos relatórios completos da BCG e à respetiva metodologia utilizada aqui e aqui.

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